Maio, a ilha esquecida que não vou esquecer!

Maio, a ilha cabo-verdiana que não esquecerei. E tu também não!

Se estás à procura de um paraíso, Maio, a ilha esquecida, é o teu destino!

Dentro da Vila do Maio, só há uma rua principal, passeia a pé pelas ruas pitorescas, com casas muito coloridas e descobre a morabeza do povo. Dá a impressão que os 6 mil habitantes se conhecem todos e que todos te cumprimentam. 

No Maio, o turismo está a dar os primeiros passos. Ainda é um segredo muito bem guardado de Cabo Verde. E que assim se mantenha! De facto, a modernidade e o desenvolvimento têm demorado muito para chegar a Maio. Ainda bem! É por ser tão virgem que é tão convidativa e única, cheia de encantos para descobrir!

Maio é uma ilha pequena. Visita-se num dia. Mas não tenhas pressa! De dia passeia e, à noite, diverte-te nos restaurantes ou na rua com os locais, eles têm muitas histórias para contar! O importante é que saboreis Maio, e te deixes levar pela calma absoluta deste lugar quase perdido no mundo, pelo menos é a sensação que dá!

Há algumas pensões, tem pequenas mercearias, vários restaurantes italianos (acho que contei 5, parece uma little Italy) e até há uma Casa do Benfica! Os edifícios ainda guardam a memória do tempo: visita a igreja Matriz, tira fotos às inúmeras casas coloridas e vai até ao Forte de São José (séc. XVIII) que atualmente assume o papel de um multidesportivo cultural. Tanto aqui, como no farol, tens umas vistas incríveis do mar. Um excelente sítio para ver o pôr do sol!

Tranquilidade é o que significa Maio, a ilha esquecida! Aqui parece que o tempo não passa, e somos invadidos por uma enorme sensação de serenidade. Maio prova que não é necessário muito para ser feliz. 

A beleza e o encanto do Maio reside no calor das pessoas, no ruralismo (não é como ir ao campo ou a uma aldeia europeia, é bastante diferente) e nas praias desertas. Aqui descansa-se. Aqui para além da praia e de passear pelas ruas, confraternizar com as pessoas (e de nos depararmos no mesmo passeio com galinhas, vacas, porcos e cães) e descansar, pouco mais há para fazer. A menos que gostes, ou queiras experimentar, o mergulho e a pesca desportiva. O Hotel Big Game organiza este tipo de atividades. Não há agências de atividades turísticas, mas onde ficares alojado podem ajudar-te a estar entretido. Podes pedir informação e o contacto de um taxista de confiança que não te cobre um rim!

Na Vila do Maio, tens a praia de Bitchi Rotcha ou a do Porto Cais. Para mim, a melhor é a de Ponta Preta. Temos de andar uma meia-hora até lá, mas vale a pena! A sensação de estar sozinhos, num cenário inóspito, desértico, numa praia sem fim e sem sombra, até ao momento foi única e inesquecível para mim. Esta praia também é conhecida pela nidificação de tartarugas. Acho que nós não fomos na altura certa, porque não tivemos o prazer de as ver.


Já sabes, não há muito para fazer. Por isso, aproveita para descontrair e deixar-te levar pelo ritmo sem stress tão próprio dos cabo-verdianos. Aproveita para dar a volta a Maio e surpreende-te pela natureza e pureza da ilha.

Se quiseres conhecer o interior da ilha do Maio, podes organizar a tua própria visita de táxi por 6000Esc (60€). O taxista dá a volta à ilha, é o teu guia e espera por ti o tempo que fizer falta. Outra opção é ir de aldeia em aldeia de Hiace, também podes alugar um carro (50€) ou uma mota-4 (45€).

Maio é um verdadeiro paraíso rodeado de praias quilométricas de areia branca e água azul turquesa, na ilha cabo-verdiana mais plana com planícies desertas, onde vale a pena conhecer as tradições e os costumes das gentes percorrendo com toda a calma as principais povoações. Visita as dunas do Morrinho e, quando fores à praia do Porto Cais, adentra-te na enorme salina natural que esta ilha tem. 

Visita a Calheta, segunda maior "cidade", e come no Bar Belo Horizonte (é preciso reservar com antecedência), fomos atendidos pela Nilda e só temos de lhe agradecer.

A população vive do mar, da indústria do sal e da agricultura. Sendo uma ilha piscatória por excelência, aqui não faltam pratos tradicionais de peixe e marisco, mas se gostas mais de carne não te preocupes que também há.

Só vi duas lojas de artesanato e souvenirs com preços para turistas, mas dá gosto ver como os artesãos dão azo à criatividade aproveitando materiais como pedras, casca de coco, búzios e conchas para criar peças muito bonitas.



Maio espera por ti!


Como chegar?

Maio não tem um aeroporto internacional, mas em breve terá um porto moderno... 

Quando visitares Cabo Verde, a ilha do Maio é destino obrigatório! Nós viajámos de Praia para Maio em barco. O site da CV Interilhas pareceu-nos confuso, por isso, fomos diretamente à companhia e comprámos o bilhete um dia antes da partida. Devido às condições meteorológicas e do mar, os horários podem ser modificados e a travessia pode ser cancelada. Tivemos medo, não queríamos perder o voo de regresso a Madrid. Então, decidimos voltar de avião (Bestfly). Foi a melhor decisão, em 8 minutos chegámos a Praia. Mal tínhamos apertado o cinto de segurança e já estávamos a aterrar! O voo mais curto da minha vida! 

Onde ficar?

Maio ainda não tem um grande hotel. Antes do Covid-19 estavam a construí-lo, mas agora as obras estão paradas. Só espero que a vinda de mais e mais turistas não lhe tire o encanto nem altere a vida pacífica, sem stress, dos locais.

Embora ainda não tenha um grande hotel, lembra-te que é a ilha esquecida onde o tempo não passa, tem várias pensões baratas e, quase todas, têm uma excelente vista para o mar.

E pensar que adoro o bulício das cidades grandes... Aqui, na ilha do Maio, que apelidei como planeta da tranquilidade, onde o tempo está parado e só existimos nós, senti-me muito feliz!


Morabeza

É a palavra que define a maneira de ser dos cabo-verdianos: amáveis, afáveis. Confirmo, sem dúvida!


Sabias que...?

  • aqui vive a segunda maior concentração de espécies marinhas de Cabo Verde?


Se quiseres visitar Maio envia-me um email, eu ajudo-te a preparar a viagem!

Muita saúde e boa viagem a Maio!


O conteúdo deste artigo baseia-se na minha experiência e preferências pessoais.

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